Em 22 de abril de 1955, José Ayres foi enviado ao Departamento Frigidaire da General Motors do Brasil a São Caetano do Sul, São Paulo, para fazer um curso de refrigeração. Parece que a firma S.A. Meca – Comércio e Indústria, com loja na avenida Camilo Solares, 212/248, em Caxambu, tinha feito a inscrição dele no tal curso para depois ser eletricista e fazer reparos nas geladeiras, caso dessem defeito. A loja tinha dois endereços, talvez duas filiais em Caxambu, com representação temporária em Baependi, sendo Miguel Donglache o diretor-presidente e Manuel Ruas Fernandes o diretor-tesoureiro.
A loja vendia não somente refrigeradores, mas também os mais modernos rádios, modelos de... 5 válvulas, que captavam "ondas curtas e longas", e que hoje ninguém sabe mais do que se trata. Em 1955 era o "aperfeiçoamento da técnica moderna". Mas meu pai não gostava de consertar rádio, nem refrigeradores. A bem dizer, ele detestava os pequenos trabalhos, gostava mesmo era de grandes projetos, como a construção de usinas nas fazendas da redondezas.
Na conclusão do curso, a foto para a galeria.
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José Ayres, segundo de óculos, na fila ao alto, da direita para a esquerda em frente à fábrica da General Motor do Brasil em São Caetano do Sul, São Paulo
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Vou à Meca/ De brigas à futebol
E as histórias não acabam. E como o blog é interativo, estamos aqui acrescentando as memórias do nosso colaborador Antonio Claret Maciel Santos, que vira e mexe traz umas e outras. Conta Claret que na década de 60 não existia mais a "Meca", mas o prédio era lá onde hoje é a funerária. A Meca era conhecida dele como ponto de brigas entre alunos do Ginásio dos Padres. Diz ele que assistiu "alguns embates previamente anunciados" como: "vou te esperar na Meca", e que de fato, aconteciam. O "Vou à Meca" era ir para a arena. Uau!
O Dil Sacramento lembra da Meca, mas no tempo que outro inquilino ocupada o prédio, o "Bar Mutação". A Meca era um comércio próspero e farto. Logo acima do hotel União funcionava outro bom comércio de Caxambu, a "Casa Rosado". Outro que veio dar seu pitaco foi Roberto Mendes Paiva. Ele lembrou da agencia Chevrolet, onde vendia pianos, cujo dono era o senhor Dugleche, o mesmo dono da Meca. Já o Fabio Sarabion Machado lembra que perto da Meca ficava a casa onde residia a família do senhor José Olinto Aguiar, e ao lado um campinho de futebol, e quase semanalmente era frequentado: iam "jogar na Meca" contra o time do José Olinto que era composto por ele e os filhos. O Claudio Eduardo Gomes Nogueira lembra das... botinadas do José Olinto "para todo o lado". Ai, ai seu Olinto. Isto tudo porque achei um recibo da Meca, perdido nos meus guardados.
Obrigado a todos pela colaboração.
Foto:
Arquivo privado da família Ayres
Fonte:
O Patriota
Correio da Manhã, 1956
Lembro-me bem da Meca e da Casa Rosado. A casa Rosado não era acima do Hotel União, mas ao lado. Os proprietários eram Sr. Rosado e dona Maria
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