segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Gael Silveira Hummel, estava escrito nas estrelas



O desenho acima é a Mandala, isto é o desenho do Mapa Astrológico de Gael, que equivale ao céu exato da hora e local de nascimento e funciona como uma verdadeira carteira de identidade cósmica.





Signo Ascendente

Ascendente é o signo que surge no horizonte, no ponto cardeal leste, no horário do nascimento. Caracteriza aquilo que externamos, o que aparentamos ser aos outros.

Acreditando que “o homem é o que pensa, tendo se tornado aquilo que pensava”, percebemos então, a importância de entender características cedidas pelo ascendente a cada área da nossa vida.

Nem sempre conseguimos ser tudo aquilo que tentamos mostrar que somos, mas sem dúvida, esse conjunto constitui aquilo que julgamos como o ideal, ou seja, aquilo que gostaríamos de ser, o que pretendemos acrescentar ou corrigir no nosso comportamento.

O amadurecimento, mais cedo ou mais tarde, integrará este ideal aos poucos ao nosso sistema, motivo pelo qual vários autores defendem a idéia que por volta dos 35 anos (aproximadamente na metade da vida), o signo ascendente chega a ser até mais compatível com nosso modo de ser que o próprio signo natal.

Hipóteses à parte, por volta desta idade, sem dúvida muito do que é significativo para nós em termos de comportamento já está assimilado e sendo amplamente utilizado, ainda que nossa essência natal seja mantida. É como se o signo natal fosse captando nuances do ascendente , permitndo à essência assumir novos tons.

Assim, além do nosso signo natal, cada área da nossa vida é governada por um signo e pelo seu regente. 

Os aspectos positivos ou negativos desse regente em relação ao signo ascendente refletem nossa capacidade de reconhecer nosso lado positivo ou negativo nessas doze áreas. Todos temos esta dupla polaridade e o arbítrio de lidar com um ou outro lado dela. Por vezes só o lado mais difícil é percebido, outras vezes apenas o lado positivo e ainda existem períodos que polarizamos nossa visão temporariamente. Por vezes o mapa não acusa qual polaridade tendemos a usar, o que indica uma percepção voltada aos dois tipos de enfoque, a capacidade de perceber tanto caracteristicas positivas quanto negativas.

O texto traz uma visão geral dos dois tipos de enfoque entre os quais oscilamos normalmente em cada área. Como em algumas áreas específicas tentedemos a perceber mais um destes enfoques que o outro, com o esquema abaixo você poderá revisar ao ler cada área, quais seriam e como, as àreas que você tende a perceber apenas um dos ângulos da interpretação e quais as que consegue perceber com maior clareza de todos os angulos. Você poderá também buscar neste esquema a situação positiva ou negativa dos regentes especificos relacionados no mapa.

Para GAEL temos:

Aspectos Positivos – com lua e urano

Aspectos Negativos – com Sol 

Aspectos mais importantes- nenhum

Perceberá bem os enfoques positivos nas casas I e VI. Perceberá mais os aspectos negativos nas casas VII . Nas outras casas perceberá mais superficialmente tanto os enfoques positivos quanto os negativos.

Ascendente – Aquário

Casa I – Personalidade

Pessoa original e espontânea rotulada como excêntrica por ser incomum, por ser muito avançada para sua época, e ter uma visão de vida muito diferente do padrão. Quando percebe as vantagens de ser diferente, passa a defender sua liberdade e a dos outros; e a interessar pelo lado humanitário desse aspecto de si.

Sacrificar originalidade na tentativa de obedecer a um padrão pode torná-lo esquisito, indisciplinado e muito rebelde. Pode ter talento musical e até ser genial em alguma área. Basicamente, necessita ser livre e ter espaço garantido para ter sucesso.

Com energia alta e veloz é inteligente e decidido, mas esta energia é de difícil controle, necessitando canais especiais para ser bem escoada. Vanguardista, esse nativo, quando em equilíbrio, é capaz de trazer para a humanidade conhecimentos já esquecidos e outros, bem à frente do seu tempo. Será capaz de descobrir novos métodos e sistemas mais avançados. Será uma pessoa dinâmica, inventiva e esclarecida. Assumirá bem as situações de risco, ciente de sua própria capacidade e terá seus méritos reconhecidos.

A necessidade permanente de liberdade o deixa instável. Este lado imprevisível proporciona as experiências diferentes que tanto gosta. Vive para evitar a monotonia e, quando consegue entender este seu jeito diferente de ser, consegue ter uma vida agradável. Viver bem, ser espontâneo e fazer sempre o que acha que deve, para ele é o mais importante. A dificuldade maior é a perseverança, a continuidade. Para alguém assim, ser livre é tão importante quanto sobreviver e será sempre difícil preocupar-se com o futuro.

Pode atingir fama pois é bem visto.

Precisa mesmo tentar manter o fluxo de suas energias pois, quando retidas, transformam em agitação e rebeldia. Isso, somado a alta da sensibilidade, impede a reflexão, cria excesso de impulsividade, podendo até alterar o físico (causar alergias). 

Muito emotivo, apavora-se e fica histérico por quase nada. Seleciona situações que propositadamente estimulem e tornem sua vida variada.

Urano é o regente desta área e seus aspectos podem sugerir tanto o uso positivo quanto o uso negativo das próprias energias. Em bloqueio pelos aspectos difíceis, essa energia poderá condicionar como coisas negativas quaisquer perturbações, as mudanças, a percepção sobre riscos. Nestes casos, as situações habituais, monótonas, não enfastiam tanto. Perturbações no momento do nascimento podem também condicionar levando a questionamento quanto a validade de nascer e o medo de sofrer, por exemplo. 

O desenvolvimento prematuro do sistema nervoso pode tendenciar o nativo a agir de forma prematura, a colocar tudo a perder quando a situação piora ou a ficar com um pé dentro e outro fora nas situações, de modo a poder escapar, se esta se tornar restritiva ou irritante demais.

Difícil de se encaixar no padrão social e de ser aceito por pessoas muito conservadoras, este nativo não se adapta bem a normas e códigos pré-estabelecidos ou restritivos (atualmente, devido as grandes reformas sofridas pelo social com a entrada da era de Aquário, tem sido mais fácil agora do que antes o ajuste necessário ). 

Aquário rege a fama e o talento. É também manifestação das tendências humanitárias, das ações pioneiras, do interesse pelas pessoas. Sendo assim, aquariano de ascendente é sempre um amigo muito especial, capaz de esquecer de si próprio e de seus interesses para atender a todos. E é normalmente muito criticado por isto. Muda muito seus hábitos, constantemente se rebelando contra a rotina. Quer mudar, melhorar e impulsionar mudanças em todos de quem gosta. Sua percepção é diferente, estimulante. É altamente intuitivo, interessado em ocultismo e em áreas de cura. É dono de uma visão bem ampla, partidário do “viver e deixar viver”, de psiquê e percepção muito ativas.

Seu maior desejo é entender-se e fazer-se entender. Passa a impressão de ser aéreo e dispersivo, pelo tipo de enfoque que tem. Na verdade seu sistema nervoso é de uma vitalidade incomum e esta, quando retida, causa verdadeiros desastres. É com esta energia que o nativo contorna a monotonia e o medo de ser incompreendido, mas sempre será necessário certa dose de concentração para manter o fluxo energético e conseguir equilíbrio. Com esta intenção é que, às vezes, o nativo se isola. É como se o sistema nervoso sofresse curtos circuitos inesperados causando explosões. Até as variações na pressão atmosférica podem interferir no seu estado de humor. Por isso, precisa trabalhar no seu próprio ritmo, aprendendo a lidar com a quantidade enorme de energia que tem. Precisa encontrar escape para se controlar ante as cargas externas que recebe. Por vezes elas se manifestam como impulso histérico, outras vezes como erupções de pele (espinhas, eczemas, brotoejas, herpes, lacrimejação). As vezes se manifestam como crises de espirro. Não são apenas queixas do nativo, mais sinais de alerta que previnem e impedem danos maiores ao sistema nervoso. Para canalizar tanta força aconselha-se atividades chamadas “uranianas” como: telefone, canto, música, gravações, inventos, atividades humanitárias, astrologia ou qualquer outra técnica alternativa deste tipo. Todas estas são consideradas atividades que ajudam a manter este nativo inspirado, genial e muito produtivo.

A tendência, até que se aprenda a lidar com esta energia, é mais para controlar do que para canalizar as próprias forças. Pode inclusive pressionar-se, autocronometrar-se, mesmo que coisas programadas jamais tenham resultado positivo para alguém assim. Odeia qualquer coisa pré-programada como: rotina, horário, regimes. Quando forçado, fica como um autômato. 

Trabalha melhor à noite do que de dia e, mesmo aparentando desorganização e improdutividade, tem momentos de percepção brilhante. Reage de modo variado aos estímulos, podendo tanto mostrar-se impulsivo quanto indiferente à estimulação. Suas reações podem incomodar. Podem também criar espasmos involuntários como se corpo e mente tivessem vida independente. É comum que a mente não controle direito o corpo. É provável que precise de ajuda médica de quando em vez, para checar seu sistema nervoso. A dança, a acumpultura, o ioga, as vitaminas e massagens ajudam muito. Reordenando seu sistema nervoso poderá evitar acúmulos e excessos.

Gosta de roupas modernas (pode até lançar moda com novas padronagens e cores). Pode, ás vezes, não ter atenção com aquilo que veste, pegando a primeira peça que achar a vista e, sem saber, lançar moda. A moda unissex sem dúvida, é obra de algum destes nativos.

Evita responsabilidades definitivas através da imprevisibilidade. Medos enraizados são os prováveis causadores, desencadeando às vezes até aversão por fama e prestígio. A explicação é que por medo do sucesso, boicota-se com o fracasso. A tensão e o nervosismo são meios de evitar assumir seu destino.

A atenção especial na infância é fundamental. Por ser como é, precisará ser acalmado o tempo todo pelos pais. Quando criança mostra-se hiperativo e se a energia for reprimida ou se for obrigado a submeter –se, a ser perfeito, pode somatizar problemas de várias formas: na pele, na respiração, tendo espasmos, urinando na cama e em certos casos pode até ter asma. Num pólo mais drástico, a má canalização destas energias pode levar ao autismo .

A inteligência, por ser tão criativa, necessita educação especial. A escola comum pode não interessar e ser muito aborrecida. É inconformado e deve ser incentivado em sua individualidade. Precisa ser livre para usar corretamente sua velocidade.De outro modo, pode prejudicar-se e reprimir seus dons se não se aceitar como diferente. Para ele é uma chatice ter que esperar pelos que aprendem mais devagar, ter que seguir rumos fixos ou sentir que desconfiam dele. 

É inventivo e deve aproveitar este dom. Lidar com brinquedos eletrônicos ajuda muito no seu desenvolvimento. Computadores, invenções, jogos, são excelentes e interessantes canalizadores para sua energia. O uso correto da respiração o acalma, oxigena seu sistema nervoso e reenergiza, por isso yoga e cantar também o equilibra. O principal é aprender desde cedo a lidar com a rebeldia. Não deve ceder a ela e sim controlá-la, sem entretanto sufocá-la 

Com Urano bem aspectado, a adaptação às constantes mudanças, a espontaneidade, a inspiração colaboram para que ele se harmonize. Será simples obter fama porque expressará livremente seus talentos, genialidade ou musicalidade. Sua sensibilidade proporcionará dons de cura e suas idéias serão excepcionais.

Com Urano desfavorável, as mudanças assustam, os nervos são difícéis de controlar e os imprevistos criam traumas. Pode querer fugir no pior momento. A ansiedade prejudica, a impaciência poda muitas oportunidades (algumas até próximas da concretização). O repentino causa curto-circuito e o nativo pode deixar cair ou mesmo derrubar objetos, ficar histérico, perder agilidade e até se acidentar, queimar ou tomar choques. 

Por volta dos quarenta anos, mudanças inesperadas e radicais ocorrem. Isso surge em forma de uma importante crise. Os conceitos mudam, o sistema antigo perde valor, surgem novas decisões. O nativo é retirado bruscamente de sua rotina confortável, vendo-se obrigado a mudar. Neste período tem que tentar conformar-se e manter o humor. 

Urano rege os ciclos de sete anos, levando oitenta e quatro anos para um giro completo no zodíaco. Sua energia é como impulso para escapar, mas o nativo pode ou não querer contornar restrições, pode ou não querer fugir aos problemas. Há aqueles que querem sumir sem resolver nada, os que querem que os problemas dissolvam e, que o mundo pare para eles descerem. E há extremos em que a energia pode impulsionar até ao suicídio, que seria para ele como uma última saída, o escape final (os pactos de morte entre amantes, sempre tem algo a ver com a energia uraniana deste ascendente). Há um medo enorme de situações “terra-a-terra”. Conforto para ele é sinônimo de situações aéreas, etéreas e vertiginosas. O normal para alguém assim é ser excêntrico e meio louco nas ações. Confinamento, nem pensar. Sua atuação será inesperada, sempre além do que é previsto. 

A fama será algo natural já que sempre atrairá atenção por sua originalidade. No mínimo atrairá publicidade e comentários, quer queira ou não. Entra em situações que outros jamais ousariam, desrespeita hierarquias, hostiliza quem está no topo, mas não se sente com estrutura para estar ali. O desconhecido o atrai, assim como as coisas difíceis de classificar e tudo que seja diferente. Busca sempre maiores realizações, deseja reformas e mudanças e isso pode envolvê-lo em política. Lidar simultaneamente com várias coisas é seu natural, pois é impaciente, não consegue permanecer muito tempo na mesma situação. Pode pular de uma função a outra, só para se mover mentalmente. Tem muitas estratégias para se manter ativo. Seus melhores lampejos de inpiração surgem na quietude ou quando parece fazer coisas sem sentido. 

Tem sua própria noção de tempo e isto nada tem a ver com o tempo padrão, com fixar horário ou forçar rotina. Entender sua despadronagem pode levar qualquer um a um colapso nervoso. Faz o que pode, quando pode e não entende porque sua flexibilidade perturba tanto as pessoas. Quando atrasa para algo importante, acha que nada poderia começar sem sua presença, portanto não vê nenhum prejuízo para a situação. Nenhum evento seria mais importante que ele. Quando lhe impõem prazos, pode reagir tanto trabalhando a noite toda quanto simplesmente jogando tudo para cima pra ir fazer o que quiser. É imprevisível. É tão capaz para anarquia quanto para alta produtividade, mas é certo deixar sua marca em qualquer coisa que faça. 

É especial, dotado de mérito próprio, singularidade. Pode escolher viver o melhor de sua espiritualidade ou arruinar tudo, mas jamais será um a mais e nunca será ignorado. 

Casa II – Finanças

Poderá ser bem sucedido defendendo causas idealistas, metas visionárias ou em atividades como cinema, fotografia, beleza e arte. Não se descarta sua aptidão para terapias e para tralhar com petróleo, gases e questões referentes à química - como drogas e medicamentos .

Netuno é o planeta que rege esta área e descreve o nível de inspiração e idealismo do nativo.

Num sentido positivo Netuno rege a capacidade econômica ligada ao idealismo e inspiração. Mas no negativo, venda os olhos para o real, incapacita para os detalhes, deixando o nativo mais voltado à emoção do que a razão. 

Bem aspectado, Netuno proporciona a praticidade que possibilita concretização dos sonhos. Os aspectos negativos indicam indefinição, hesitação, falta de firmeza, muita fantasia e ilusão, que ameaçam o lado material. 

Netuno descreve também a aptidão para visualizar as próprias necessidades. Pode indicar positivamente, equilíbrio entre os ganhos e as necessidades/expectativas, possibilitando ao nativo obter rendimentos satisfatórios. Mas também sugere necessidade de clareza nos conceitos relacionados a finanças: Entendendo que dinheiro também é uma forma de energia (é matéria morta a qual se empresta valor), é possível elevar seu nível para ampliar rendimentos e manter seu fluxo. O nativo precisa perceber que esta ”energia” é melhor canalizada quando ligada à questões humanitárias. É desta forma que a condição financeira externa pode refletir as condições internas de alguém. 

Os aspectos negativos indicam uma forma fantasiosa de abordagem do lado financeiro e do real. A idealização de projetos pode ser excelente, mas a falta de objetividade na sua execução pode gerar extravagância, planos impraticáveis sujeitos a causar grandes perdas. Buscando o ideal, o nativo ilude-se pensando que vai ganhar fortunas. É necessário então, combinar os ideais a uma programação clara e prática dos custos. É preciso unir inspiração e visualização para ter sucesso garantido.

Favorável, Netuno gera capacidade de aproveitar oportunidades, intuição correta para discernir o que, por si só, favorece sucesso sempre. 

Casa III – Comunicação, Irmãos, Parentes, Achegados e Processo de Aprendizagem

Marte rege Áries, signo que governa esta área. Marte sugere constante ação, movimento, desafio. A área refere aos contratos, negociações, viagens, ensino, formação do processo de pensamento, telefonemas, correspondência, vizinhança, pessoas próximas, parentes.

As relações com estas pessoas mais próximas refletirão no modo futuro dele se relacionar na escola, na forma de aprender e na maneira futura de se comunicar.

Os bons aspectos indicam competitividade e inovação, em especial dentro do cenário mais próximo ao nativo. Isso facilitará a busca de autopromoção, o contato saudável com situações competitivas, tornando o nativo mais seguro, melhor negociador, mais propenso a fazer bons acordos e a conseguir manter bons canais para o fluxo desta energia, criando assim equilíbrio para exercer sua criatividade e sexualidade. 

O escoamento dos excessos energéticos pode ser feito através do uso e manuseio de objetos metálicos (ferramentas, canetas de ponta metálica, uso de bicicleta) tanto em área artística quanto técnica, competitiva, esportiva. Arte é importante e também toda e qualquer atividade que provoque o escomento energético pois os excessos provocam hostilidade, raiva e danos internos. Ser criado em ambiente seguro ajuda a evitar ataques, crises de impaciência, crises de gênio e esses acúmulos de energia que irritam e dão a sensação de frustração. O represamento, em casos extremos pode desencadear até acidentes como forma de descarregar. 

A paciência será a maior das dificuldades, mas exercendo atividades que canalizam esta energia, como trabalhos manuais (de preferência em metal, com agulhas, martelo, pregos), dança, datilografia em máquina metálica etc, o equilíbrio do nativo poderá ser mantido.Não suportará filas ou aguardar o que quer que seja. Terá que aprender a ocupar-se com algo que o distraia nestas situações. Há que ter sempre em mente o equilíbrio para estes casos e também para outros como: irritação ao telefone, nos engarrafamentos, já que este nativo é alguém que sempre estará comunicando e em trânsito. 

Qualquer fato pode levar a um acesso de raiva ou a uma úlcera nervosa, por isto a importância de manter o fluxo energético a todo custo, tendo a impaciência como um desafio permanente a ser superado.

Casa IV – A Família, O Lar dos Pais

A área trata do progenitor de sexo oposto, do tipo de família que este nativo atrai, do que escolhe  seguir e da última fase de sua vida.

Vênus é o regente de Touro, signo que governa esta área. Vênus descreve amor, afeto, estética, perfeccionismo, sensualidade, beleza, suavidade, serenidade, conforto, o cuidado com os filhos, a diplomacia, o lado criativo.

Os bons aspectos sugerem uma troca agradável destas qualidades com o progenitor de sexo oposto. O nativo atrai um progenitor sociável, cativante, elegante, estético e é esta imagem do pai que fica marcada nele. 

Os aspectos planetários difíceis criam uma imagem do pai como comodista ou indolente, alguém que busca sempre o meio mais fácil para tudo. 

Estas imagens produzidas na relação com o progenitor de sexo oposto interferirão também na condição de vida deste nativo durtante a velhice. Uma boa imagem sugere o propósito do nativo de desfrutar paz na velhice como pessoa harmoniosa, vivendo numa casa requintada, confortável, artisticamente decorada, interessada em conviver, alimentar e entreter as pessoas que recebe.

Os aspectos difíceis geram sensação de falta de apoio, de omissão por parte deste progenitor, negação de seu afeto ou mesmo sua ausência literal. A imagem deste progenitor é fraca ou a de alguém esquivo, que foge dos conflitos. Isso reflete na vida do nativo como insegurança, preocupação em se proteger contra o externo, em criar um “ancoradouro”, um refúgio mais que um lar estético e confortável. 

A arte é um antídoto perfeito para estes desequilíbrios, ainda que o nativo nunca, nem mesmo com a má aspectação, vivencie situações de todo ruins. A arte preenche o que falta na vida dele e o ajuda a estruturar melhor seu tempo, já que cronometragem não é seu forte.

Mergulhando firme nos projetos, tem ótimas chances de realização. É importante o convívio social, os amigos, a certeza de afeição e prazer, mas sem excessos. A busca exagerada de prazer traz comodismo e pregüiça, acompanhada de perto pela fuga das dificuldades e recusa em lidar com os problemas. Ainda assim, sua vida neste setor promete muitos pontos atraentes. 

Casa V – Amor, Expressão Criativa, Amantes, Filhos 

Mercúrio rege Gêmeos nesta área e discute estímulo, ânimo para entrar no jogo da vida. 

Para esse nativo criar, procriar e até investir, são jogos. É por meio desta área de sua vida, que ele aprende a analisar e colher dados. Tem necessidade de ser objetivo e subjetivo ao mesmo tempo. Isso causa uma dualidade que afasta o tédio (o que já resolve muito). 

As escolhas afetivas tem por base a atração intelectual. Amor estimulante é sinônimo de parceria divertida, espirituosa, inteligente. Parceiro interessante é parceiro esperto, fora de alcance, alguém a ser conquistado. Seu lado independente necessita parceria desafiadora, sugestiva, estimulante. 

Saber se comunicar é importantíssimo pois a falta de comunicação inibe a formação de relacionamentos, tão necessários em sua vida. 

Os filhos herdarão as mesmas características, os mesmos interesses por estímulos mentais. O convívio com eles será importante no repasse de idéias, na ampliação de sua própria percepção (em especial, no que se refere a crianças).

Casa VI – Trabalho, Saúde

A Lua é a regente de Câncer que é o signo que governa esta área. Ela discute o lado emocional, instável, vulnerável da personalidade, as mudanças de humor e a partilha destas tendências no social. 

Em seu enfoque positivo, indica a sintonia entre o trabalho do nativo e o coletivo, a capacidade de prestar serviços, de “servir”. É natural que o nativo escolha trabalhos em área de saúde (em hospitais), em restaurantes (servindo mesas), em balcões, no serviço público, etc. Qualquer trabalho onde possa servir, literal ou simbolicamente.

Positiva, a Lua proporciona facilidade para escrever ou algo ligado a essa tendência. O nativo poderá instruir pessoas com eficiência (se conseguir equilibrar o lado emocional instável), pois capta as necessidades alheias profundamente. Mesmo sendo muito sensível e vulnerável tentará ser compreenssivo no trabalho. 

Negativa, causa alta suceptibilidade, cria problemas no trabalho assim como complicações digestivas. O sistema digestivo sofre por causa da delicadeza do sistema nervoso. As condições difíceis refletem-se no trabalho ou são geradas nele. 

Harmonia e saúde virão como recompensa pelos talentos, pela sensibilidade no trabalho, através do uso criterioso do tempo e da energia criativa. 

Em desequilíbrio, estas energias se avolumam devorando o íntimo do nativo. O equilíbrio emocional e a saúde dependem da liberação dos instintos educacionais e protetores. 

Por não entender direito sentimentos que são projetados, ressente-se muito com o que as pessoas falam, levando tudo para o plano pessoal. Precisa melhorar sua abordagem. Os contatos excessivamente emocionais o enfraquecem. Precisa despersonalizar sua visão para ter sua capacidade de avaliar ampliada, globalizada. 

Casa VII – Casamento, Associações, Parceria

O Sol rege Leão que é o governante desta área. Ele simboliza a busca de mérito, o ego, o amor próprio, o dinamismo, a capacidade administrativa, a liderança, o lado dramático e político.

Estando o Sol positivo há tino de liderança, a personalidade é forte e o ntivo busca parceito também forte, dinâmico, alguém vital e até meio dramático. Escolherá quem reflita aquilo que sente à respeito de si. Buscará alguém seguro, de ego vigoroso como o seu, capaz de gerenciar tudo, enquanto ele próprio permanece livre para atuar espontaneamente e inventivamente. Atrairá parceria dramática mas algo instável, ainda que forte e egóico, qualidades que o nativo sente como necessárias para si mesmo.

Com o Sol negativo, o nativo é mais inseguro e pode buscar alguém que esteja disposto a cuidá-lo e de seus negócios. Isto provocará conflitos, lutas pelo poder pela firme determinação de um dos parceiros, tentativas de impor sua vontade o tempo todo (o que resultaria em parcero controlador ou do tipo que espera ser controlado).

A liderança hábil e saudável do nativo equilibrado, facilita que administre corretamente o necessário para os parceiros. Ou seja, permite a ambos a liberdade de expressão, a colocação despreocupada de seus talentos.

Casa VIII – Necessidades, Heranças, transformações

Esta área discute o modo usado pelo nativo para obter suas necessidades, estando diretamente ligada aos procedimentos de sobrevivência que ele desenvolverá durante a infância e utilizará na fase adulta. 

O enfoque positivo de Mercúrio, regente de Virgem, signo que se encontra na área, determinará solicitações claras, concisas, de modo a se obter o necessário sem dificuldades. Ele consegue fazer-se ntender. Isto requer aptidão para recolher dados, falar ou escrever, analisar com precisão e de modo objetivo as situações, qualidades que o nativo pode ter desenvolvido ou não, na mesma proporção em que foi ou não atendido em seus anseios na infância.

Há uma forte tendência a que a metafísica faça parte do processo de análise deste nativo. Há sempre algo musical ou literário, acrescentando profundidade na sua vida. 

Casa IX – Reconhecimento, Publicidade Pessoal, Ensino Superior, Contato com Estrangeiros e Viagens a outros Países

Vênus rege Libra, signo que governa esta área. Vênus representa aquilo que o nativo gosta: questões ligadas à diplomacia, a arte, a beleza, ao conforto. É certo o gosto pelas viagens, pela publicidade pessoal positiva. Há inclinação natural para buscar a fama.

Esta área discute o processo ideológico, as relações públicas, os cursos superiores, as viagens longas, os assuntos jurídicos e editoriais e aqueles ligados ao exterior.

O enfoque positivo de Vênus abre possibilidades de reconhecimento em todos esses assuntos, em projetos de arte, em questões de encanto pessoal e diplomacia. Seus espírito de cooperação e seu senso de justiça conseguem harmonizar opostos com facilidade, podendo fazê-lo brilhar em áreas legais. 

O enfoque negativo é desafiador. A tendência será a de tentar se autopromover de modo mais cômodo, revelando de si aos outros apenas o lado positivo, somente o favorável. Tenderá a recuar diante de compromissos e só se comprometerá com o que promover seu sossêgo e liberdade, anulando-se muito. 

Casa X – Carreira, Vida Social 

Plutão rege Escorpião que governa este setor que discute poder, carisma, vigor e eficiência.

Estando positivo indica facilidade de ascenção profissional em carreiras para as quas for precondicionado (inclusive na vida pública). A impressão deixada como marca pelo progenitor do mesmo sexo, fixada em sua mente na infância, determinará esse precondicionamento. 

Difícil de ser reconhecida, esta energia proporciona força de concentração quando bem condicionada e, portanto, obtenção das pretensões através de carisma e magnetismo reconhecidos pelo ego na infância. 

Com enfoque negativo manipulará para obter o que deseja comprometendo sua eficiência. Esta oscilará entre capacidade natural ou forçada na busca do que pretende. Seu progenitor do mesmo sexo será visto como alguém agressivo e manipulador, que usa força (ao invés de diplomacia) para superar os outros, incluindo o próprio nativo. Alguém tirano e intolerante. Os nativos, de nível de percepção menor, poderão desenvolver um lado muito manipulativo e conceituação um tanto maquiavélicas (como “os fins justificam os meios”). Poderá então até optar por ligar-se a assuntos do submundo. 

Plutão sugere também a transformação destas condições negativas de manipulação, de vingança, de obstinação inconsequente e infantil.

É uma energia poderosa, que controlada e canalizada torna-se infinitamente maior.

O enfoque positivo de Plutão proporciona uma visão do progenitor de mesmo sexo como alguém carismático, divertido, bem sucedido. Estes aspectos abrem grandes possibilidades ao nativo na vida pública, por sua eficiência. Capacita o nativo a produzir, sensibilizar, fabricar tudo, compor organizações, lidar com televisão e outros meios de comunicação.

De qualquer modo, o que quer que se tenha recolhido na infância, e mesmo as situações desastrosas, acabarão levando este nativo ao amadurecimento.

A força de vontade influirá. A vontade pouco evoluída centrará no prazer, na necessidade pessoal. Os níveis mais espiritualizados de evolução, levarão o nativo a voltar-se à vontade universal e ao bem coletivo. A disposição do nativo para o uso desta energia em altos níveis, determinará a sua motivação e a possibilidade de realizar grandes coisas. O seu uso limitado criará o desejo por um “acerto de contas” com este progenitor de mesmo sexo. Neste caso haverá rebeldia contra os padrões estabelecidos pelo progenitor e o consequente risco de traçar para si uma carreira cheia de obstáculos. Necessitará transformar os recursos que utiliza para atingir objetivos eliminando, em especial, a desordem, a incoerência, as propostas incorretas que na maioria das vezes se voltam contra o próprio nativo, ferindo muito. 

A motivação elevada possibilitará sucesso bem cedo na carreira. 

Casa XI – Amizades , Grupos Filantrópicos

Júpiter rege Sagitário, signo que governa esta área e que discute as amizades, os grupos que o nativo escolherá para conviver..

Quando positivo, Júpiter simboliza uma filosofia de vida cehia de otimismo, entusiasmo, senso de liberdade, humanitarismo. Isso atrai pessoas magníficas para se relacionar (gente otimista, entusiasmada, filosófica, espirituosa e até materialmente superior). O nativo tenderá então a “viver e deixar viver” tornando-se bastante popular. Circulará entre pessoas prósperas e expansivas que o beneficiarão. 

A tendência religiosa, a visão universal serão também tônicas deste nativo, somadas a curiosidade, a variedade de vivências, a diversidade de atividades, o contato com gente de todo o tipo.

A liberdade de expressão auxiliará na busca dos objetivos, no entusiasmo pelas amizades, na escolha de pessoas sociáveis, otimistas, espiritualizadas e bem humoradas para conviver. O humor para este nativo é palavra chave.

O enfoque negativo de Júpiter sugere decepção com os amigos e nos trabalhos em grupo. Uma expectativa desarrazoada em relação às pessoas o levará a acreditar que poderá contar com mais do que as pessoas são capazes de conceder, causando sérios desapontamentos. O nativo fará então mais conhecidos que amigos, podendo também ele mesmo prometer mais do que pode oferecer. Poderá achar difícil manter amigos ou permanecer em alguns dos grupos que frequenta. Conservará, ainda assim, sua tendência a ser generoso, incentivador (o que atrai realmente todos os tipos de pessoas, algumas sinceras e profundas, outras nada edificantes).

Precisa estar atento sempre para que seu exagero em otimismo não o iluda.

Casa XII – Assuntos Secretos, Processo Subconsciente

Saturno rege esta área e Capricórnio é o signo que a governa. Esta é a área de maioir dificuldade para o nativo já que discute asuntos que ele não quer expor nem a si mesmo, seus traumas.

As tendências são formadas a partir de imagens parentais recebidas na infância. As mensagens (tanto de apoio quanto de teor restritivo) são arquivadas por razões de segurança, com base em experiências passadas e até vidas passadas. Esses arquivos tocam planos profundos da consciência, sendo difícil para ele cnectá-los. Podem ser percebidos como sensação de fracasso, como a “falta de uma peça do quebra cabeça”, como uma pretensão inacessível ou planos mirabolantes. São sensações de restrição em sua maioria, frutos até de fantasia. Subconscientemente, a sensação é de inadequação (possivelmente por alguma ocorrência em outra vida). Com frequência há necessidade de terapia (em especial de regressão) para cuidar dos efeitos secundários que isso causa,. Alguns podem estar ligados a alguma culpa racial ou grupal, envolvendo senso de responsabilidade pelo fracasso de um plano ou de uma situação em uma outra vida, independente da raça ou grupo atual em que o natio esteja inserido. É como pensar em enfrentar algo do qual já tenha desisitdo de assumir em níveis mais profundos. Percebendo a questão verá que usa isso como boicote, como meio de autopunição. Pode, à partir disso, buscar os “porques” e redirecionar melhor suas energias.

Saturno positivo alterna a questão. Esse mesmo senso de responsabilidade permitirá o redirecionamento na vida. O senso de valor pessoal é maior e permite assumir responsabilidades dentro do melhor do potencial e escalar com firmeza até o topo. Os temores subconscientes são melhor superados, e há mais ousadia para abrir caminhos. Grande parte dos temores fica reduzida, permitindo a manifestação plena dos talentos, o encontro da verdadeira liberdade e uma profunda ligação espiritual com a humanidade.


Rua Lucio Borralho, n° 15 (67) 920 76 900

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

Gael Silveira Hummel, o mais novo membro da família

Nasceu Gael, nasceu em 22 de agosto, de 2016, precisamente às 18:24, horário do  Panama, e 20:24 minutos horário do Brasil bem pesado: 3.750 kg e 55 cm, sob o signo de leão. Mais um membro para Família Ayres/Rodrigues Freitas/Pereiras e agora unida com os Hummels. Seu pais Rodrigo da Silveira e Tatiana Hummel. Gael não esta sozinho de forma alguma neste mundo. Se não fossem seus antepassados... Aqui estão eles resgatados até a 5a geração. Vamos lá.

Seus avós de 5° grau pelo lado paterno são  João José de Lima e Silva (1798-1875) e Joana Thereza Ribeiro (1807-1860), os mais antigos ancestrais da Família Ayres/Rodrigues Freitas/ Pereira Silveira. O documento  abaixo é o mais antigo registro comprovando a existência de seu ancestral, gentilmente cedido pelo Arquivo Publico Mineiro. Eles foram registrados no Quarteirão, 2, fogo 17, no Sensu da cidade de Pouso Alto, do ano de 1839.  Nele se encontram os tios de sua avó de 3° grau, Maria José de Lima, a Mariquinha, Virgolina Balbina de Lima, José de Lima e Silva, Thereza de Lima e Silva e mais 5 escravos: Adão, Vicente, Benedicto e Salustianana e José. É os avós de Gael era possuidores de escravos! Sua  avó de 5° grau, Maria de Souza Lima, ainda não havia nascido até esta data. A família migrou  em direção à Baependi e foram morar no Chapeo, hoje bairro da cidade. Lá  nasceram os seus descendentes e assim as famílias foram crescendo e se espalharam pelo mundo. Um deles é agora é o Gael nascido no... Panamá.



Seus avós de 4° grau foram José Fernandes Ayres de Lima (1835-1897), o Trançador-Pai, ou velho como o chamavam e Maria Ribeiro de Souza Lima (1841-1903), moradores de Caxambu, que lhe emprestou o nome a um bairro da cidade. Orgulhosamente, diga-se de passagem. Vejam o texto: Bairro Trançador é notícia em 1937 .

Seus avos de 3° grau foram Maria José de Lima/Ayres, a Mariquinha (1881-1846) e Ramiro Rodrigues de Freitas (?-?), moradores da rua Quintino Bocaiúva, em Caxambu. Vo Ramiro também fez parte da história da cidade. Ele foi o O Jardineiro do Parque das Águas, juntamente com Chico Cascateiro, o paisagista que desenhou  e executou as obras não somente no Parque, como também no jardim central da cidade de Caxambu.

Seus avós de 2° Grau foram Geralda Rodrigues Pereira  (1908-?)e José Eugenio Pereira (?-?).

Seus avós paternosGraça Pereira Silveira e Vanderlei Silveria. Pelo lado materno Marcos Hummel e Sonia Maria Liboni Moretti.


O Panamá e seu canal

Já que o Gael vai, por enquanto, morar longe, vamos falar um pouco sobre a sua pátria de nascimento: o Panamá, oficialmente República do Panamá. É um país que faz fronteira com a Costa Rica e a Colombia, sendo sua capital a cidade do Panamá e fica na América Central. A sua população é formada na sua maioria de mestiços de índios e europeus e agora a última mistura: brasileiro com brasileira, resultando o Gael, que vai ter dupla nacionalidade.

A região foi sempre motivo de disputas políticas. Primeiro vieram os espanhóis no século XVI. Em 1821 o Panama rompeu com o império espanhol e juntou-se com  Nova Granada, Equador e Venezuela sob o nome de República da Grã-Colonia. Dissolvida a união em 1831 o Panama permaneceu unido à Colombia. Aí os Estados Unidos meteram a colher de pau no meio da política e o Panama se separou da Colombia em 1903, quando foi permitindo a construção do Canal do Panamá, claro, por engenheiros americanos, encurtando as viagens transoceânicas. 

A primeira tentativa de construir o Canal foram dos franceses, em 1802, mas os problemas de engenharia, a alta taxa de mortalidade dos trabalhares devido as doenças tropicais, malária, febre amarela, foram os grandes impecílios para continuar a obra, além das chuvas torrenciais, enchentes, desmoronamentos. 

Em 1904 os Estados Unidos assumiram o projeto. E quem mais teria interesse em construir um canal e administrá-lo se não fosse em seus próprios interesses? O presidente Roosevelt estava convencido de que  eles seriam capazes de terminar a obra, já pensando na importância militar estratégica da região.  Dito e feito. Eles usaram o canal durante a Segunda Guerra Mundial para revitalizar sua frota no oceano Pacífico e expandir sua política hegemonista.

Em 1977, o Canal e sua administração foram transferidos para o governo do Panamá. A receita hoje do Canal representa uma parcela significativa do Produto Interno Bruto do país. Panamá é a segunda maior economia da América Central e segunda economia mais competitiva da América Latina, graças ao seu Canal. Sua principal fonte de renda, claro os serviços associados ao Canal, além do setor bancário e a zona de livre comércio.

A zona do Canal e em torno ficou sob a administração dos Estados Unidos até o ano de 1977 e em 1999 o controle foi passado para os panamenhos, como estava previsto no Tratado de Torrijos-Carter. O tratado previa a passagem gradual do controle político-administrativo para o Panama.

Ponto estratégico para os Estados Unidos eles não poderiam ficar de fora das decisões políticas e em 1989 chegaram a invadir o país, quando o país passava por uma série crise econômica, desestabilizando os governos. Ah, uma notícia boa: depois da deposição do ditador Noriega, em 1989, o Panama não tem mais foças armadas.

O canal

Construção do Canal do Panama, 1907
O Canal do Panama é um canal construído artificialmente com a extensão de 77, 1 quilómetros, ligando o oceano Atlantico ao oceano  Pacífico.

Foram necessários 10 anos para finalizar a obra e em 15 de agosto de 1914, foi oficialmente inaugurado. Com a construção do Canal as viagens marítimas foram reduzidas. Os navios não precisavam mais usar a longa e perigosa rota do Cabo Horn, lá embaixo, na América do Sul. O tempo aproximado para cruzar o canal varia entre 20 a 30 horas. Agora vocês sabem um pouco sobre o lugar onde Gael nasceu. Ele tem um pé no Panamá e outro no Brasil. Ah, ele terá os pés em muitos outros lugares...




A ponte das Américas, vai Gael, vai!

Ponte das Américas, Panamá

Gael agora vai cruzar outras pontes, outras fronteiras, assim como fizeram os seus antepassados que cruzaram o oceano Atlantico em direção ao Brasil, em direção à velha Pouso Alto, nas Minas Gerais. Eles vieram, agora vai o Gael. Vai Gael, vai!


Os pais

Tatiana Hummel e Rodrigo Silveira
Vamos listar aqui os descendentes de Gael a partir de sua avó de 3° Grau, Maria de Souza Lima, a Mariquinha e seus respectivos tios e primos:

Gael nasceu assim com uma renca de parentes. Aqui estão os antepassados listados de vó Mariquinha e portanto a lista de parentes de 4°, 3°, 2° graus. Esta lista porém tem outra função. Muitos dos nossos antepassados tem biografia própria e é um espelho da sociedade baependiana/caxambuense do século passado. As biografias estão em contexto com o seu tempo e ao ler as histórias, vocês estarão não só  conhecendo um pouco da história dos nossos antepassados, mas também a história das Minas Gerais e do Brasil. Para saber mais, cliquem nos links em azul. Estamos encarregadas, a Graça e eu de nomear os parentes do passado longínquo, a continuidade  do trabalho porém ficará a cargo das novas gerações.

Os irmãos e irmas de Maria de Souza Lima, vó Mariquinha

Emiliana de Lima (1861-1910)
Manoel Fernandes da Silva (1866-?)
Sebastiana de Lima (1869-1911)
Josephina Maria de Lima ( 1869-?)
Maria Ayres de Lima /Mariinha  (1876-?)
Maria Ayres da Silva/Mariinha (1879-?)
Roza Ayres de Lima (1882-1895)
Anna Ayres de Lima (1883-?)
Izabel Ayres de Lima (1885-?)

Os tios e tias , os primos e primas de vó Mariquinha.

Para compreendermos quem fora Mariquinha, vamos fazer aqui uma lista de todos os seus tios, tias, primos e primas, alguns com biografia própria nos links dos nomes em azul. Bom lembrar que a grande maioria dos batismos e celebrações de casamento foram feitos na Capela de Santo Antonio do Piracicaba, no bairro Piracicaba da cidade de Baependi.

tia  de vó MariquinhaVirgolina Balbina de Lima era a mais velha. Ela foi madrinha de batismo, junto com o seu irmão José Ignacio de Lima  de Sabina Maria da Conceição, mãe da Gervásia Ayres de Lima; casou com Francisco Bernardino de Faria, em 13 de setembro de 1849, com apenas 13 anos. Da união  nasceram 13 filhos. São  eles:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1)- Bernardino Lopes de Faria (1853.?) que se casou com Elvira Maria do Nascimento.
Lembremos que Elvira era filha de João Ferreira Simões  que era proprietário de escravos, inclusive de Justiniana Maria da Conceição e Sabina Maria da Conceição, avó e mãe respectivamente de Gervásia Maria da Conceição/ Ayres de Lima

2)  Lucianna de Faria (1856-?)
3)  Ludgero Lopes de Faria (1858-?)
4) Lucinda de Faria (1861-?)
5) Eleziel Lopes de Faria ( 1862-?)
6) José de Faria (1864-?)
7) Arminda de Faria (1867-?)
8) Sabina Bernardina de Faria (1869-?)
9) Bruno de Faria (1872-?)
10) Maria de Faria (1875-?)
11) De Faria (1875-1875)
12) Juvêncio de Faria (1877-?)
13)  Escolástica Lopes de Faria (?-1879)

tio  de  vó Mariquinha: José Ignacio de Lima e Silva (1835-?) que se casou com Fraujina Honorina de Jesus em 12 de agosto de 1860, no Chapeo, em Baependi. Da união  nasceram 4 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Anna Frauzina de Jesus (1857-?), que se casou com, pasmem, Camilo Ferreira Junior, filho de Justiniana Maria da Conceicao, avó de Gervásia.
2) Candida de Lima (1860-?)
3)- Francisco Ignacio de Lima (1862-?)
4) Ana Ignacio de Lima (1865-?)

tia de vó Mariquinha: Thereza Ribeiro de Lima/Jesus (1837-?) que se casou com José Florencio Bernardes  (?-?) em 22 de julho de 1855. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) José Bernardes (1854-?)
2) José Bernardes (1860-?)
3)Prisciliana Izidora do Espírito Santo (1864-?)
4) Maria Florencia (1867-)
5) Bernardes (1875-1875)
6) maria Alexandrina ( ?-?)
7) José Florencio Bernardes Junior (?-?)

tio de vó MariquinhaRufino de Lima (1853-?) que se casou com Rita Carolina de Castro (?-?) em 26 de julho de 1875, na Capela de Santo Antonio do Piracicaba. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) José de Lima (1876-?)
2) Cesar de Lima e Silva (1878-?)
3) Maria de Lima e Silva (1880-?)
4) Antonio de Lima (1882-?)
5) Benjamim de Lima (1884-?)
6) Joao de Lima e Silva (1886-1897)
7) Eudoxia de Lima (1890-?)

tia de vó MariquinhaIgnacia Ribeiro de Lima (?-?) que se casou em 1861 com Candido José Ferreira (?-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Bibiano José Ferreira (1862-?)
2) - Ferreira (?-1873)
3) Maria Candida Ribeiro (1864-?)
4) Candida Ferreira (1869-?)
5) Cornélio José Ferreira (1880-?)

 O tio João José de Lima  Filho (?-?) casado com Theodora Constancia de Vasconcelos (?-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Izabel Francisca de Jesus (?-?)
2) Ludgelo de Lima (?-1865)
3) Galdino Emydio de Lima (1869-?)
4) José Augusto Anselmo (1871-?)
5) Amélia Eugenia do Espirito Santo (1872-?)
6) Samuel Augusto de Lima (1874-?)
7) Rachel Silva (1876-?)
8) de Lima, (?- 1884)
9) Theodora Constancia de Vasconcelos (filha) (1878-?)

O tio João  de Lima (?-?)

O tio Francisco Theodoro de Lima, (?-?), que se casou em 23 de fevereiro de 1870 com Maria Gabriela Alves Ribeiro (1855-?)

Os primos e primas de vó Mariquinha:

1) Antonia de Lima ( 1873-?)
2) Marcos de Lima (1875-?)
3) Francisco de Lima (1875-?)
4) filho de Lima (1876.1876)
5) Maria de Lima (1877-1884)
6) Antonia Petronila de Lima (1879-?)
7) Agueda de Lima (1882-1882)
8) Joana de Lima (?-1883)
9) Gabriel de Lima ( 1885-?)
9) Maria de Lima II (1887/1887)
10) José de Lima (1889-?)
11 Tercilia de Lima (1892-?)
12) Dorcina Natividade (1894-?)
13 Priciliana de Lima (1897-)
14 Ercilia de Lima (1899-?)
15 João  de Lima (?-1888-?)

tia de vó MariquinhaMaria Antonia Ribeiro de Lima (1871-1903) (?)

Fonte:
Wikipedia
O texto ainda poderá sofrer alterações e acréscimos.

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Gael, a espera, a esperança



Ah... Imaginem... Eu aqui no bem bom e quentinho... Ouço uns barulhos estranhos, mas o bum-bum confortável do coração da minha mãe é sempre uma segurança de que ela esta comigo, ou melhor, em volta de mim, me protegendo.... Meu pai... A ansiedade de todos. É, esta ficando meio que apertado por aqui. Acho que esta na hora de sair e ver o mundo lá fora... O dia esta chegando em que todos poderão me ver... A família esta me aguardando com muita ansiedade. Mais um descendente da Familia Ayres/Rodrigues Freitas/ Pereira Silveira. Tanta gente... Espero corresponder com as expectativas... Vou gritar e chorar muito, quando sair daqui, para todos verem e  ouvirem que eu cheguei, ah vou!




quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Anna Ayres de Lima, Lica, a lavadeira do Palace Hotel

Digitalização / Documenta

E lá vamos nós enfiar a mão nos papéis velhos, escarafunchar certidões, fotos cheirando a mofo... E para tanto enviamos a nossa pesquisadora Graça Pereira Silveira que não estava sozinha.  Contamos com o apoio de quase toda sua família: o marido Vander Silveira de motorista, e que fica atento memorizando as "conversas paralelas", a filha Thaiz Pereira Silveira na cuidadosa restauração do material iconográfico da família através da empresa Documenta - Pesquisa, Conservação & Memória. Faz parte do trabalho não só tomar café com bolo de fubá, mas também fazer entrevistas, ouvir os "causos" contados pelos familiares do ramo dos Ayres de Lima de São José dos Campos... Assim sendo as histórias da Família Ayres/Rodrigues Freitas não acabam, ainda bem. Todo mundo quer contar um ponto que se transforma em um conto... A aventura iniciou com descoberta de Anna Ayres de Lima, através de seu filho Sylvio Ayres de Lima, e assim recomeçamos tudo de novo. Ele nos relatou como viveram e trabalharam seus pais, a dedicação ao trabalho na hidrópolis Caxambu.

Os pais, os avós...

Os  avós de Anna Ayres de Lima pelo lado materno são João José de Lima e Silva (1798-1875),  e Joana Thereza de Lima (1807-1860), registrados no Censu  de 1839 da cidade de Pouso Alto no endereço Quarteirão 2, fogo 17  e seus três filhos: Virgolina Balbina de Lima, José de Lima e Silva, Thereza de Ribeiro de Lima e mais quatro escravos: Adão, Vicente, Benedicto, Saturnina e José. Este é o mais antigo registro da Família Ayres/Rodrigues de Freitas cedido gentilmente pelo Arquivo Público Mineiro. A família morou durante um tempo na cidade  de Pouso Alto e depois se mudaram para o Chapeo, hoje bairro da cidade de Baependi e lá criaram os seus filhos. Maria Ribeiro de Souza Lima mãe de Anna não havia nascido até esta data, bem como outros filhos do casal, os  tios:Rufino de Lima (1853-?), Ignacia Ribeiro de Lima (?-?),João José de Lima (?-?), Francisco Theodoro de Lima (?-?) e Maria Antonia (1871-1903).



Anna Ayres de Lima, mais conhecida como Lica nasceu em 24 de outubro de 1883, a penúltima filha do casal  José Fernandes Ayres, o Trançador-pai e Maria Ribeiro de Souza Lima. Seus pais casaram-se por volta dos anos de 1860 (certidão ainda não encontrada). Ela dona de casa e ele tropeiro. Segundo conta na família  José Fernandes Ayres era possuidor de terras que extendiam desde o Bairro Trançador, que leva hoje o seu nome, até a divisa com as terras da comarca de Conceição do Rio Verde, terras estas perdidas em disputas jurídicas com a família Carneiro.

Aquí os 12 filhos: Emiliana de Lima, nascida em 1861 e falecida em 1910, aos 49 anos, solteira; Manoel José de Lima (1866-1908); Sebastiana de Lima (1869-1911); Josephina Ayres de Lima (1869-?); José Ayres de Lima, Trançador-filho (1873-1943); Maria da Conceição, Mariinha (1876-?); Cecílio José de Souza (1876-1914); Maria Ayres da Silva (1879-?); Maria José de Lima/Rodrigues de Freitas, Mariquinha (1881-1946); Roza Ayres (1882-1895); Anna Ayres de Lima, Lica (1883-?); Izabel Ayres de Lima (1885-?).

Certidão de nascimento de Anna Ayres de Lima

Ela foi batizada 25 de novembro  de 1883 por Gabriel Souza Maciel e sua esposa Maria Candida Alcantara, na Igreja Matriz Nossa Senhora de Mont Serrat, em Baependi,  realizado pelo Reverendo Marcos Pereira Gomes Nogueira, que abençoou outros casamentos e batizados dos nossos familiares.

E do outro lado da ponte...

Falando do padrinho Gabriel de Souza Maciel, ele foi nomeando fiscal  para a Freguesia de Caxambu, em 7 de julho de 1887,  e que naquela época ainda pertencia à cidade de Baependi. Em 10 de fevereiro de 1879 foi designado como responsável pela construção da ponte do Rio Bengo, no caminho que ligava a povoação de Caxambu à Conceição do Rio Verde, passando  Bairro Trançador. Com as chuvas torrenciais que caiam no meses  de janeiro e fevereiro eram constantes inundações, desabamentos de casas, destruição de pontes sobre os riachos e rios, arrastadas pela violência das águas. O jornal O Baependiano anunciou que a dita ponte ficou pronta em 2 meses, ainda bem. A ponte era importante ligação entre as povoações, usadas principalmente pelos tropeiros que ali passavam de Conceição em direção à Baependi, Aiuruoca...

Tempos difíceis

No livro de Fulgêncio de Castro, publicado em 1873, foi noticiado que na povoação de Caxambu não residia nenhum médico e no caso de necessidade o povo tinha que recorrer a... Baependi, isso a 5 quilômetros. Acredito que lá se chegava na época na condição de doente a cavalo, de carroça, ou na pior das hipóteses pela demora do atendimento, já morto.

A vida na província das Minas Gerais não era flores. Se para os negros escravos a vida ia de mal a pior, não vamos acreditar que para os brancos livres a vida era fácil. Sem escola e qualificação profissional os jovens filhos dos pobres cresciam sem qualquer possibilidade de ascensão social. 

A escola era artigo de luxo. Somente fazendeiros ricos ou gente que exercia profissão rentável podia colocar os seus filhos para estudar. A primeira escola em Caxambu foi uma escola para meninas, inaugurada, em 16 de agosto de 1870, e outra para meninos pobres, em 4 de novembro de 1872, ambas instituídas por Carlos Theodoro de Bustamente. As professoras ministravam até 6 disciplinas e eram pagas com a mensalidades dos alunos. Em 1873 totalizavam 50 matriculados na instituição. Com absoluta certeza os filhos de José Fernandes Ayres não estavam entre eles. Pai de 12 filhos era impossível enviá-los a uma escola regular, ou a um caro internato, ou semi-internato em Baependi (vide anúncio). Assim sendo os filhos seguiam a profissão dos pais, como  José Ayres de Lima, o Trançador-filho, que era artesão, agricultor e tropeiro e o irmão  Cecílio José de Lima que também exerceu a profissão tropeiro. Às filhas era aconselhado a se casarem cedo, construir suas famílias e seguir suas vidas como donas de casa. Anna foi uma delas.

O Casamento



Anna casou-se aos 19 anos na Igreja Matriz de Baependi com José Eugenio de Souza, no dia 18 de julho de 1903 (vide certidão), sendo testemunhas Antonio Dias Santana e Antonio José de Siqueira (?), abençoado pelo, novamente,  reverendo Marcos Pereira Gomes Nogueira


A sua primeira filha Maria nasceu nove meses depois, outros 8 filhos seguiram, sendo que dois deles não chegaram a idade adulta: João, que faleceu aos 6 meses de idade de gastroenterite e  Benedita com apenas 3 meses de tétano no umbigo. Foram eles:

Maria de Souza, (1904-1989)
Anna Ayres de Lima (1906-)
José Eugenio Ayres de Souza (1908-?), conhecido por Zé Gaguinho
Geralda de Souza (1910-?)
Joaquim Ayres de Souza (1915-?) conhecido como Quincas
Sebastiao Eugenio de Souza (1915-?)
João   Ayres de Lima (1918-1918)
Silvio Ayres de Lima (1921-)
Benedita Eugenio de Souza (1923-1923)

A hidrópolis Caxambu e seus heróis invisíveis

Ao centro de branco, o filho de João  de Deus, funcionário da Empresa das Águas
Digialização  / Documenta
Em contrapartida à Baependi, que décadas antes da abolição da escravidão já sofria com a queda da produção de tabaco e perdia terreno para a economia cafeeira, a cidade vizinha Caxambu florescia em função de suas águas medicinais. Em 1912,  no governo Camilo Soares, foram iniciadas reformas na cidade e no jardim público. Tudo para atrair os "aquáticos", os turistas que deixavam seu dinheiro na cidade e que impulsionava a economia local, dando emprego a muitos pais de família.


Um pequeno exército de trabalhadores anônimos fazia a cidade mais prazeirosa para os inúmeros turistas que a visitavam. A começar pelos dois portugueses José Ramiro de Freitas, chefe da jardinagem do Parque das Águas e padrinho de batismo de sua filha, também chamada Anna Aires de Lima, e Chico Cascateiro, com seus jardins de argamassa. Outros menos espetaculares trabalhavam em todo tipo de serviço como lixeiros, varredores de rua, (foto)  arrumadeiras, cozinheiras, porteiros de hotéis, recepcionistas e... Lavadeiras. Como poderia a cidade ficar sem elas? Pois foi no Hotel Palace, no suntuoso Palace que Anna Ayres  achou o seu lugar de trabalho e onde também trabalhava seu marido José Eugenio, conhecido como Zezinho.

O Palace Hotel



O Palace Hotel de Caxambu inaugurado em 16 de janeiro de 1892, denominado Grande Hotel João Carlos e Cassino é um dos mais antigos do Brasil e era para a época um luxo só. O seu proprietário e idealizador João Carlos não poupou esforços para transforma-lo em um verdadeiro palácio, ou Palace. Sua arquitetura foi inspirada no estilo neoclássico. Era um suntuoso e imponente prédio bem no centro da cidade (foto). Na sua construção nada foi poupado e tudo foi importado da Europa, principalmente da França. O Hotel recebia todos aqueles "aquáticos" procedentes de diferentes partes do Brasil. Eram políticos, capitalistas, intelectuais, gente gran fina que queria não somente descanso e lazer no Parque das Águas, mas também procuravam a cura para seus males e achaques bebendo de suas "águas milagrosas". O hotel também era palco de inúmeros, bailes, saraus e também festas beneficentes em prol das crianças pobres e da Santa Casa. Ah, lembremos que foi lá no Hotel que se hospedou os personagens trágicos da história da cidade, no ano de 1920, relacionados com o "Crime se Suzana". A história foi já contada aqui no nosso Blog.

E quando a temporada de verão chegava...


Prontidão e barateza


A alta Temporada ia de Janeiro a março, mas tinha ano que os turistas chegavam logo após o Natal. O início das estação era festejado no jornal O Patriota, de 1943. Isto significava muito trabalho para todos, especialmente para as lavadeiras como tia-avó Lica. No livro de Fulgêncio de Castro de 1873 sobre Caxambu, em "Uma breve notícia sobre a povoação de Caxambu" ele cita os serviços e preços dos hotéis da cidade:

"Em todos estes hotéis a mesa é abundante e variada e todo o serviço é feito com regularidade, pagando os hospedes 3$000 diários e 1$000 por escravo ou fâmulo, não compreendendo nestes preços vinhos e outras bebidas alcoólicas, luzes pra os aposentos, e LAVAGEM DE ROUPA (grifos meus), de que a povoação há quem se encarregue com prontidão e barateza."
Ah, então a mão de obra naqueles tempos já era requisitada e pelo texto não era uma das mais bem pagas.

Roupas e galinhas 

Voltemos ao hotel... A lavanderia funcionava num terreno de frente ao hotel, onde existia uma pequena construção, que  tinha muitas utilidades: servia de cozinha, dormitório para os funcionários do hotel bem como era a "estação final" para os galináceos servidos como iguarias no hotel. O filho caçula de Anna, Sylvio, que participava intensamente da mundo do trabalho de seus pais, ajudava a extinguir a vida das aves, isto ao 11 anos de idade!

Bem, a tia-avo Anna era quem coordenava o trabalho das lavadeiras, contando com o apoio da irmã Maria José de Lima, a Marquinha. Lençóis, toalhas de mesa e banho, roupas e íntimas roupas eram lavadas em tanques e a mão,  postas para secar ao sol nos varais.  Sorte da vó Lica que na época já dispunha de ferro elétrico. A vó Gervásia, ainda na minha infância, passava roupa usando o ferro de brasa.

Quando a temporada de verão chegava ao fim, os funcionários tinham seus contratos encerrados com a promessa de voltavam a ser readmitidos no próximo ano. Assim os empregados ou ex-empregados tinham que se ocuparem de alguma forma para ganhar o seu pão. Lica continuava a lavar roupas para as casas de família e seu marido era o "faz tudo" na cidade. 


Na sequencia, Sylvio relata da vida de seus pais, a labuta diária no Palace Hotel e suas memórias sobre a Revolução de 1932. Sylvio em perfeita memória descreve dois lugares nos detalhes, cujas fotos vocês veem o Palace Hotel e o muro ao lado da casa comercial de Salim Sarkis, (visitem no google) na Rua Dr Viotti. Hoje o prédio não existe mais, mas vale a viagem no passado/futuro.







Anna Ayres de Lima trabalhou no hotel até se aposentar. Faleceu aos 62 anos de idade, em 11 de maio de 1946. Cinco anos mais tarde faleceu José Eugenio, em 23 de marco de 1951. Assim se apagou uma história de trabalhares do Hotel Palace e nós estamos aqui para relembrar.


Esta tudo ligado, esta tudo ligado...

Para compreendermos quem fora Anna Ayres de Lima, vamos fazer aqui uma lista de todos os seus tios, tias, primos e primas, do lado materno, isto é, do lado de  Maria Ribeiro de Lima/Jesus; alguns tem biografia própria, é só clicar nos links dos nomes em azul. Lembramos que a grande maioria dos batismos e celebrações de casamento foram feitos na Capela de Santo Antonio do Piracicaba, no bairro Piracicaba da cidade de Baependi. E pensem bem, quanta gente ainda esta espalhada por esse mundo e que carrega os genes de nossos antepassados João ao José de Lima e Silva e Joana Thereza de Lima vindos lá de Pouso Alto.

Os tios e tias, os primos e primas de vó  Lica

tia  de vó Lica : Virgolina Balbina de Lima era a mais velha. Ela foi madrinha de batismo, junto com o seu irmão José Ignacio de Lima  de Sabina Maria da Conceição, mãe da Gervásia Ayres de Lima; casou com Francisco Bernardino de Faria, em 13 de setembro de 1849, com apenas 13 anos. Da união  nasceram 13 filhos. São  eles:

Os primos e primas de vó Lica:

1)- Bernardino Lopes de Faria (1853.?) que se casou com Elvira Maria do Nascimento.
Lembremos que Elvira era filha de João Ferreira Simões  que era proprietário de escravos, inclusive de Justiniana Maria da Conceição e Sabina Maria da Conceição, avó e mãe respectivamente de Gervásia Maria da Conceição/ Ayres de Lima

2)  Lucianna de Faria (1856-?)
3)  Ludgero Lopes de Faria (1858-?)
4) Lucinda de Faria (1861-?)
5) Eleziel Lopes de Faria ( 1862-?)
6) José de Faria (1864-?)
7) Arminda de Faria (1867-?)
8) Sabina Bernardina de Faria (1869-?)
9) Bruno de Faria (1872-?)
10) Maria de Faria (1875-?)
11) De Faria (1875-1875)
12) Juvêncio de Faria (1877-?)
13)  Escolástica Lopes de Faria (?-1879)

tio  de  vó Lica : José Ignacio de Lima e Silva (1835-?) que se casou com Fraujina Honorina de Jesus em 12 de agosto de 1860, no Chapeo, em Baependi. Da união  nasceram 4 filhos:

Os primos e primas de vó Lica :

1) Anna Frauzina de Jesus (1857-?), que se casou com, pasmem, Camilo Ferreira Junior, filho de Justiniana Maria da Conceicao, avó de Gervásia.
2) Candida de Lima (1860-?)
3)- Francisco Ignacio de Lima (1862-?)
4) Ana Ignacio de Lima (1865-?)

tia de vó Lica: Thereza Ribeiro de Lima/Jesus (1837-?) que se casou com José Florencio Bernardes  (?-?) em 22 de julho de 1855. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Lica:

1) José Bernardes (1854-?)
2) José Bernardes (1860-?)
3)Prisciliana Izidora do Espírito Santo (1864-?)
4) Maria Florencia (1867-)
5) Bernardes (1875-1875)
6) maria Alexandrina ( ?-?)
7) José Florencio Bernardes Junior (?-?)

tio de vó LicaRufino de Lima (1853-?) que se casou com Rita Carolina de Castro (?-?) em 26 de julho de 1875, na Capela de Santo Antonio do Piracicaba. Da união nasceram 7 filhos:

Os primos e primas de vó Lica:

1) José de Lima (1876-?)
2) Cesar de Lima e Silva (1878-?)
3) Maria de Lima e Silva (1880-?)
4) Antonio de Lima (1882-?)
5) Benjamim de Lima (1884-?)
6) Joao de Lima e Silva (1886-1897)
7) Eudoxia de Lima (1890-?)

tia de vó LicaIgnacia Ribeiro de Lima (?-?) que se casou em 1861 com Candido José Ferreira (?-?)

Os primos e primas de vó Lica:

1) Bibiano José Ferreira (1862-?)
2) - Ferreira (?-1873)
3) Maria Candida Ribeiro (1864-?)
4) Candida Ferreira (1869-?)
5) Cornélio José Ferreira (1880-?)

 O tio João José de Lima  Filho (?-?) casado com Theodora Constancia de Vasconcelos (?-?)

Os primos e primas de vó Lica:

1) Izabel Francisca de Jesus (?-?)
2) Ludgelo de Lima (?-1865)
3) Galdino Emydio de Lima (1869-?)
4) José Augusto Anselmo (1871-?)
5) Amélia Eugenia do Espirito Santo (1872-?)
6) Samuel Augusto de Lima (1874-?)
7) Rachel Silva (1876-?)
8) de Lima, (?- 1884)
9) Theodora Constancia de Vasconcelos (filha) (1878-?)


tio João  de Lima (?-?)

O tio Francisco Theodoro de Lima, (?-?), que se casou em 23 de fevereiro de 1870 com Maria Gabriela Alves Ribeiro (1855-?)

Os primos e primas de vó Lica:

1) Antonia de Lima ( 1873-?)
2) Marcos de Lima (1875-?)
3) Francisco de Lima (1875-?)
4) filho de Lima (1876.1876)
5) Maria de Lima (1877-1884)
6) Antonia Petronila de Lima (1879-?)
7) Agueda de Lima (1882-1882)
8) Joana de Lima (?-1883)
9) Gabriel de Lima ( 1885-?)
9) Maria de Lima II (1887/1887)
10) José de Lima (1889-?)
11 Tercilia de Lima (1892-?)
12) Dorcina Natividade (1894-?)
13 Priciliana de Lima (1897-)
14 Ercilia de Lima (1899-?)
15 João  de Lima (?-1888-?)

tia de vó LicaMaria Antonia Ribeiro de Lima (1871-1903) (?)

Fonte:
Site do Palace Hotel
Castro, Fulgencio- Guia Para uma viagem às Aguas Medicinais de Caxambu, 1873.
Foto: 
Do alto, de 1945
Do arquivo pessoal de Sylvio Ayres de Lima.
De pé: Sebastiana, amiga de Anna Ayres, Sylvio Ayres de Lima, filho, Dulcinea, namorada de Sylvio, Terezinha, filha adotiva de Laurenciana.
Sentados: Tia/vó Anna Ayres de Lima, José Eugenio de Souza, marido, Laurenciana, parteira

Agradecimentos: O Blog da Família Ayres agradece a Documenta - Pesquisa, Conservação & Memória, especialmente na pessoa de Thais Pereira Silveria pela  conservação e restauração das fotos da Família  Ayres/ Rodrigues Freitas