sábado, 14 de maio de 2016

O mistério do Quincas e Zé Gaguinho

Anotações de Maria das Graças, 2016 
Ou os difíceis caminhos da pesquisa histórica.

E por caminhos tortuosos da pesquisa das árvores genealógicas...
Infectada pelo vírus Maria das Graças Pereira colocou-se a caminho com uma detetive dos tais personagens perdidos; pesquisa que desde que iniciamos é agora não nos deixa mais dormir direito. Das primeiras averiguações  locais da procedência  dos antepassados da Família Rodrigues de Freitas/ Ayres, nos vimos em um emaranhado de nomes e datas. Como juntar tudo e virar informação confiável? Quem era quem, onde e como? Dificill, muito difícil. Era assim: Na infância tratávamos as pessoas pelos apelidos e hoje sequer poderíamos imaginar ou associar as pessoas à membros das famílias atuais. As sombras do passado estavam muito longínquas quando descobrimos a... Lurdes. Não somente ela esta ajudando a juntar os cacos, literais cacos de informações para montarmos a nossa, a vossa árvore genealógica, em princípio os ramos da Graça , os Rodrigues de Freitas e a minha, os Ayres. 

Em princípio,  as pesquisas não despertam a todos igualmente os mesmos interesses que nos animam, Graca e eu a fazer a pesquisa de nossos antepassados. Portanto dissemos uma para outra: O que nos importa é que nos dá muito prazer o jogo da descoberta, das novas descobertas. Na verdade estamos contando as historias de nossos antepassados, mas também a história do Brasil, dos séculos passados, onde existiu escravidão, dor, alegrias, gente rica, pobre, remediada. Das nossas famílias tem de tudo um pouco. Nossos antepassados viveram um curto período de prosperidade, quando o Brasil ainda era colonial de portugal e o regime escravista era que reinava. La  neste passado que "pregresso" esta a origem de nossas famílias, lá em Pouso Alto, quando Joao José de Lima e Silva casou-se com Joana Thereza e vieram de mudança para o Chapeu, cultivar tabaco, milho e arroz em terras Baependianas. Resgatando as histórias, estamos regatando uma parte de nossas vidas. Ufa!
E se não bastasse a curiosidade, serramos os nervos de alguns de nossos primos, primas, tias sobreviventes ainda neste século 21: Tia Célia e a prima Lurdes, que pacientemente ouvem as nossas perguntas, associam as pessoas nos ajudando a costurar esta imensa colcha de retalhos. A elas a partir de agora dedicamos os nossos "posts".

Zé Gaguinho

Ficamos sabendo que um de nossos antepassados trabalhou como cozinheiro do Palace, ou era mesmo do Hotel Marques, como estava no Jornal da Camara de Caxambu, fazendo uma homenagem a ele, dando até nome de rua e lembrando que seus antepassados deram o nome ao bairro Trancador. Ora, mas não era do "nosso" Trancador que eles falavam? Homenagearam um personagem do qual nós    desconhecíamos? Que grau de parententesco teve ele com a original Família Ayres, do qual possuíamos todas as certidões possíveis para comprovar que do "nosso" lado estaria o "nosso" avo e bisavô Trancador, pai e filho? Longas foram as conversas telefonicas  com a Lurdes, que a CIA provavelmente gravou entre o Brasil e Alemanha. Quem sabe escutaram que a frase "Peraí que vou desligar as panelas" poderia ser um código secreto, ou "Agora to lavando a cozinha". Aí me levanta a Lurdes o nome "Zé Gaguinho". O serviço secreto provalmente estaria de ouvidos em pé. Seria um "codinome"? Não, Zé Gaguinho existiu, confirmado por uma outra informante: Celia Lima, a nossa biblioteca familiar, que do alto de seus quase um século continua lúcida, ativa, crítica, ácida. Sem elas não poderíamos nunca juntar os pedaços  rasgados da nossa história familiar...

E no "message" do Facebook a conversa ia pararela... Meus Deus, achávamos que estavamos ficando loucas, a Graca e eu. Nem dormir direito a gente conseguia, e nem me fala nas plantas que não foram aguadas de lá e de cá, tamanha a euforia e esquecer as pobrezinhas lá secando... Ah, e falando do Quincas.

Rodela do Quincas

Tudo isso porque a Graca se lembrava da história da... "Rodela do Quincas" em Aparecida do Norte, quando a família ia fazer suas preces a Santa achada no rio. Quem era mesmo o Quincas? Que teria ele haver com a família? Era primo? Inventado ou não? Estamos ainda nos perguntando.

Aguardem o desenlace das histórias...
Maria das Graças  Pereira da Silveira
Solange Ayres



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