domingo, 21 de maio de 2017

Coroação na cidade de Caxambu/ Os Anjos sem asas/ Parte 2


As Coroações do mês de maio estão sempre associadas aos anjos com asas, às meninas filhas das mães que organizavam a festa no mês de de Maria. Mas havia dias em que a cidade de Caxambu   fazia diferente. Numa rara foto, a supresa: A coroação  encenada apenas por meninos, na década de 1960, organizada pela festeira e professora Lourdes Silva. Como satisfazer as mães, cujos filhos eram homens e que também queriam "coroar"? Então temos aqui uma rara oportunidade de ver que os meninos também podiam. Como o fotógrafo nem sempre estava de plantão, muitas dessas coroações de meninos não foram documentadas. Um dia no mês era reservado a eles.

Serrote no pescoço

Para contar alguns detalhes das histórias, pedimos sempre auxílio ajuda e, desta vez foi Julio Jeha que contou das suas. Ele também participou de um "quadro" juntamente com a Telma Figueiredo na representação bíblica de José, o carpinteiro, o pai do menino Jesus. As cenas eram sem movimento, ali, tudo paradinho. Mas como as crianças "não tinham sossego", diziam na época, Julio não gostou da cena ensaiada e resolveu passar o serrote no próprio pescoço, antes das cortinas serem abertas. Não, não, foi tentativa de suicídio, nem teve sangue, pois o serrote estava do lado contrário. As crianças se  divertiam. A cena foi mais que hilária e, leitores, como veem, até hoje estamos aqui lembrando dela. Voltando às festeiras...

As festeiras mais conhecidas que organizavam as coroações compostas de meninos eram dona Zezé Pertele  mãe do Zezinho Dantas e de dona Ieda Dantas, minha madrinha de batismo, Edimundinho Dantas até porque elas tinham meninos.  Interessantemente todos vestidos a caráter, não com asas, mas em "mini-ternos" com gravatinhas borboleta e... calças curtas! Quanto sofrimento enfrentando o frio do mês de maio em calças curtas! Mas tudo pelo espetáculo. O Quadro do dia também foi ocupado pelos representantes do sexo masculino em miniatura. Uma jóia! A cena foi fotografada no exato momento que a cortina se abriu e se via o Quadro. Uns de cima olhavam para baixo e os de baixo olhavam para cima. Lindeza! Era a apoteose. 

Fotos:
Fotos Antigas de Caxambu
Agradecimentos:
Julio Jeha e suas lembranças 

2 comentários:

  1. Julio Tá enganado. não é nem o Dinho (Edmundo Dantas) nem o Zézinho Dantas.

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  2. Solange, parabéns pelo blog. Amei a postagem sobre o jardineiro Ramiro Rodrigues Freitas e gostaria de conversar mais sobre ele. Não encontrei e-mail no blog. O meu e-mail é cristmag@gmail.com abraços!

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