sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Barão de Arary morre em Caxambu/O rio dos papagaios/histórias contadas através dos assentos paroquiais

Hotel da Empresa, Caxambu, Minas Gerais

Aos 12 de outubro de 1897 faleceu em Caxambu José Franco Lacerda, conhecido como Barão de Arary, titulo nobiliárquico criado por D. Pedro II, por decreto de 18 de maio de 1853, a favor de Antonio Lacerda de Chermont (1806-1879), o 1° visconde com grandeza de Arary, seu pai. A José Lacerda Guimarães o título foi conferido a 7 de maio de 1887, e era considerado assim 2° Barão de Arary.  O título conferido faz referencia ao rio Arari, localizado no estado do Para, onde possuía terras, que em tupi significa rio dos papagaios.

Certidão de óbito do Barão de Arari.

De tantos que procuravam a povoação das Aguas Virtuosas para a cura de seus achaques e doenças, o Barão  de Arary foi um deles. No atestado de óbito consta que ele faleceu de morte natural, sendo a anotação "não deram o incomodo ou a enfermidade, causa mortis". 

Ele fez fortuna como proprietário de fazendas de café na região de Limeiras, interior de São Paulo, sendo um dos fundadores no núcleo urbano de Araras, juntamente com o seu irmão Bento de Lacerda Guimarães, Barão de Araras. Junto com seu irmão Bento, era proprietário de terras na região onde cultivava café. Em 1862 eles fizeram doação de um terreno para a construção de uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Patrocínio das Araras, capela esta que deu origem ao núcleo urbano de Araras. O nome da cidade foi escolhido em homenagem ao rio e as aves que habitavam o local. José Franco Lacerda, casado primeiras núpcias com sua prima Clara Franco de Camargo, com aquela teve nove filhos, e em segundas com sua sobrinha Maria Dalmácia de Lacerda Guimarães, filha de seu irmão, o barão de Araras, com a qual teve cindo filhos. Uma descendente de segunda geração, sua neta, famosa mundialmente, a socialite Carmen Mayrink Veiga, (1929-2017) foi muito conhecida no mundo da moda nos anos 70 e 80.

A vontade própria levou-lo à Caxambu, e o destino o tirou a vida, exatamente no hotel da Empresa (foto ao alto), imponente prédio, infelizmente demolido, onde hoje se situa as barraquinhas, anexas ao Parque das Águas. Sua certidão de óbito foi assinada pelo pároco José Silvério Nogueira da Luz. Ele foi exequiado na capela Nossa Senhora dos Remédios, e sepultado no cemitério paroquial de Caxambu. Assim contam  histórias as certidões de óbito...

Fonte: 
Wikipédia
Foto:
Arquivo privado de família Guimarães, publicado no site Geni.
Assunção foto e Design
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Agradecimentos: Julio Jeha, sempre

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