Leitores, abundem-se! Hoje vamos mostrar onde e como se sentavam os visitantes do Parque das Águas de Caxambu ao longo do século. Por onde hoje vocês põem suas bundas no Parque, apostem: é tudo histórico. Ou se descansando das caminhadas ou simplesmente se sentando para contemplar o verde, os bancos são um lugar para tomar fôlego e... empreender nova caminhada. Os belos bancos de alguma forma sobreviveram ao tempo e às... bundas, claro. Neles sentaram políticos, industriais, artistas, gente rica, banqueiros - daí vem a palavra "banco"-, gente pobre, gente de todas as cores, gente vinda de todo canto do Brasil e do mundo. Os bancos eram e são democráticos, aceitaram e aceitam qualquer bunda.
Os bancos preferidos para uma boa fotografia, no início do século, eram os do artista Chico Castanheiro, inconfundíveis, imitando troncos de madeira, confeccionados com uma liga especial de argamassa e óleo de baleia. Na verdade eles quase não aparecem nas fotos, soterrados que estavam debaixo dos traseiros suportando todo aquele peso. Na sua grande maioria os fotografados aparecem sentados, mas também, criativamente, em uma pose de pé e com flores nas mãos. Ha também bancos em cimento, em madeira e ferro de desenho simples, mas muito resistentes.
O Parque tinha acabado de ser embelezado, os quiosques das fontes construídos e os turistas vinham em enxames para cidade. Mas a partir da década de 1920 os bancos quase desaparecem do cenário das fotografias, pelo menos as publicadas na Revista Fon-Fon. A exceção se fosse algum famoso, como Rui Barbosa e família (foto acima), em 1922. A novidade agora era o Balneário recém-construído, e cabia muito mais gente sentada em suas escadarias. Da década de 1940 em diante os bancos e os "aquáticos", desapareceram por completo do cenário fotográfico da revista.
Enfim, os bancos aguentaram até os nossos dias. Até que... Por favor, não chorem, este foi o estado que ficaram os bancos da Fonte Mayrink, na depredação ocorrida em 2015, naquela fonte onde as águas são boas para os olhos.
O Parque tinha acabado de ser embelezado, os quiosques das fontes construídos e os turistas vinham em enxames para cidade. Mas a partir da década de 1920 os bancos quase desaparecem do cenário das fotografias, pelo menos as publicadas na Revista Fon-Fon. A exceção se fosse algum famoso, como Rui Barbosa e família (foto acima), em 1922. A novidade agora era o Balneário recém-construído, e cabia muito mais gente sentada em suas escadarias. Da década de 1940 em diante os bancos e os "aquáticos", desapareceram por completo do cenário fotográfico da revista.
Enfim, os bancos aguentaram até os nossos dias. Até que... Por favor, não chorem, este foi o estado que ficaram os bancos da Fonte Mayrink, na depredação ocorrida em 2015, naquela fonte onde as águas são boas para os olhos.
E o que vocês estão esperando? Corram para o Parque e procurem um banco na sombra dos plátanos e sintam o gosto de estarem sentados na história. Ah, meu povo, ajudem a preservá-los.
Haverá sempre um bom motivo para posar sentado nesses maravilhosos bancos que contam, contaram e contarão histórias, não é Graça Pereira Silveira e Vander Silveira?
Fotos:Haverá sempre um bom motivo para posar sentado nesses maravilhosos bancos que contam, contaram e contarão histórias, não é Graça Pereira Silveira e Vander Silveira?
Solange Ayres (ao alto, o banco de argamassa do Chico Cascateiro), todas as outras fotos são de autoria de Haroldo Kennedy.
Graça Pereira Silveira
Fotos da depredacao: Blog do Madeira
Revista Fon Fon
Agradecimentos:
O Blog da Família Ayres agradece Haroldo Kennedy que, na sua visão única, fotografou e fotografa o Parque das Águas de Caxambu e nos autorizou a publica-las. Suas fotos são obras primas.
Revisão:
Paulo Barcala
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