"Quando chegam, os tropeiros arrumam as bagagens em ordem e de modo a ocupar o menor lugar possível. Cada tropa acende fogo, á parte, no rancho e faz cozinha própria; antes e depois das refeições, conversam os tropeiros sobre as regiões que percorrem e falam de aventuras amorosas; cantam, tocam violão ou dormem envoltos e cobertas estiradas no chão sobre couros."*
O local onde é hoje o Bairro Trançador da cidade de Caxambu, era local de passagem e também de curta parada dos tropeiros e vinham de Conceição do Rio Verde e seguiam em direção à Baependi , Cruzília, Aiuruoca, bem ao pé do Morro Caxambu. Era um caminho paralelo à Estrada Real, assim como muitos. As viagens duravam semanas, por vezes vários meses, obrigando-os a fazerem paradas em diversos pontos dos caminhos, montando acampamentos rústicos, conhecidos como "pousos". Eram lugares de pastos e água para o descanso de animais e homens. Os lugares eram ranchos toscos de pau a pique ou taipa. Em muitos pontos dessas paradas se formaram vilas e transformaram em cidades.
No Pouso os animais eram tratados, tinham as ferraduras raspadas, crinas escovadas e depois soltos nos pastos para recompor as energias. E foi ali que seu José Fernandes Ayres, o Trançador velho como o chamavam, tinha sua casa e que também funcionava como o seu "atelier", onde fabricava em segredo os seus relhos e cabrestos, selas para montaria. Silvio Ayres de Lima, seu neto, filho de Anna Ayres de Lima, a Lica, conta para Graça Pereira Silveira como era a rotina do lugar...
O local onde é hoje o Bairro Trançador da cidade de Caxambu, era local de passagem e também de curta parada dos tropeiros e vinham de Conceição do Rio Verde e seguiam em direção à Baependi , Cruzília, Aiuruoca, bem ao pé do Morro Caxambu. Era um caminho paralelo à Estrada Real, assim como muitos. As viagens duravam semanas, por vezes vários meses, obrigando-os a fazerem paradas em diversos pontos dos caminhos, montando acampamentos rústicos, conhecidos como "pousos". Eram lugares de pastos e água para o descanso de animais e homens. Os lugares eram ranchos toscos de pau a pique ou taipa. Em muitos pontos dessas paradas se formaram vilas e transformaram em cidades.
No Pouso os animais eram tratados, tinham as ferraduras raspadas, crinas escovadas e depois soltos nos pastos para recompor as energias. E foi ali que seu José Fernandes Ayres, o Trançador velho como o chamavam, tinha sua casa e que também funcionava como o seu "atelier", onde fabricava em segredo os seus relhos e cabrestos, selas para montaria. Silvio Ayres de Lima, seu neto, filho de Anna Ayres de Lima, a Lica, conta para Graça Pereira Silveira como era a rotina do lugar...
Fonte:
*Saint Hilaire, Viagem a São Paulo
Entrevista gravada por Graça Pereira Silveira na casa de Silvio, em São José dos Campos, 2016
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