Taí, falamos dos biscoitos Enganaquáticos (leiam aqui sobre a história dos aquáticos e dos biscoitos Enganaquáticos) da padaria do Seu Gabriel e Dona Boneca, e não poderíamos esquecer de falar de outra especialidade, degustada na minha infância e adolescência: os beijus feitos pela madrinha Helena, minha madrinha de Consagração, e suas filhas, a Julinha, Cidinha e Terezinha (foto). Eram simplesmentes deliciosos. Pude acompanhar de perto o processo de sua fabricação. Fogo de lenha aceso, calor intenso. Era verão e as meninas lá segurando o ferro redondo e plano, onde era depositada, cuidadosamente, com uma concha, a mistura de farinha, leite e açúcar. Com uma paleta de bambu, a mistura era espalhada homogeneamente na superficie do ferro quente. A dupla chapa quente era fechava, e em poucos minutos, virada. A mistura cozia sobre a chapa quente do fogão. Mais um pouco e... os beijus, ainda moles, eram enrolados, na sua forma final, com um garfo de bambu.
Outras especialidades Enquanto os bijús eram vendidos durante o dia, em frente a portaria do Parque das Águas, o algodão doce e as maçãs, naquele molho de groselha com casca dura, eram vendidos nas frias noites da Semana Santa, em frente ao Cinema, onde seu Dodô tinha um dos seus pontos fixos de venda, e onde estacionava sua carrocinha de pipoca. No fundo do quintal da família seu Dodo, onde cultivava o milho para a fabricação de suas pipocas, um milho pontinho, branco, diferente do cultivado para fazer fubá, corria o ribeirão Bengo. Nem sempre seu Dodô o tinha boa colheita. O Bengo, que também corria no fundo dos quintais de vó Gervásia e da tia-vó Mariquinha, tornava-se um rio caudaloso, devido às torrenciais chuvas de janeiro, invadia a parte plana, onde se encontrava a plantação de milho do seu Dodô, obrigando-o a fazer sua colheita mais cedo que desejado. O milho era matéria prima para as pipocas, servidas em pacotinhos de papel de fabricacão caseira, em forma de cone, antes e depois das seções de cinema, ali na Praça 16 de setembro. Foi na carrocinha de pipoca do Seu Dodô que meu pai, José Ayres, e Arminda Maria da Conceição, minha mãe, marcaram um encontro, numa fria noite da Semana Santa, no início dos anos de 1950, bem ali em frente da Igreja Matriz.
Terezinha em seu ponto de venda, em frente ao Parque das Águas de Caxambu.
Arquivo privado de Juliana Alves
Revisão:
Paulo Barcala
Lembrança boa. Juntamente com o milho verde e a pamonha da Luiza tambem na portaria do parque. E a pera dura, uma raridade hoje,e tão da nossa região. A portaria do parque trazia todas essas delícias.
ResponderExcluirSem esquecer dos puxa puxa, balas de leite, balas de café.
Ahhhhhhiiiii q delicia doces lembrancas eu viajo ao passado com todas essas istorias tempos mt bons esses beijus eram minha paixao adorava kkkkķkk Obrigada por tao lindas lembrancas
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