Em 1894, um raro fenômeno que teve a duração de 3 dias, provocou espanto atraindo muitos curiosos que passeavam pelo Parque. As fontes do Parque das Águas, no princípio chamadas de "Águas Virtuosas", popularmente conhecidas também como "Águas milagrosas", deram o que falar desde a sua descoberta. O lugar foi amaldiçoado (disseram) pelos pobres lazarentos, os morféticos que banhavam suas feridas nas águas de Caxambu, quando tiveram suas choupanas queimadas, em 1841, por ordem de um juiz de Baependi. A justificativa pelo radical ato, os acometidos de lepra estariam "espantando" outros doentes que procuravam cura pelas águas. O lugar era ainda um pântano de difícil acesso, no sopé do Morro de Caxambu. (leiam mais sobre a história Morro de Caxambu clicando aqui). Então...
Uma miríade de pirilampos
No parque das águas minerais desta Caxambu observou-se em noites de 2, 3 e 4 , numa quarta quinta e sexta feiras do corrente o interessante phenomeno da phosporescencência que emanava cintilante do solo em uma zona triangular perfeitamente limitada, tendo por vértices as fontes sulfurosas e férrea e o portão N.E.
O phänomeno observado por grande número de pessoas oferecia um espectáculo deslumbrante. Parecia que myriades de pirilampos haviao por encanto surgido dos gramados e margens do Bengo, produzindo uma illuminação phantastica, vida e cambiante, por entre a qual passeavam os curiosos.
O sr. dr. Lacerda, chefe da comissão geográfica e geológica, de Minas Gerais, que se achava em Caxambu, organizando um observatório meteorológico, prometeu estudar o curioso phenomeno.
Levando esta notícias ao vosso jornal é meu único intuito despertar a atenção dos nossos especialistas para a prodigiosa localidade de Caxambu onde se realizam phenomenos de tão grande interesse para a sciencia e conhecimento das inexauríveis riquezas de nossa pátria.
De sobrenatural para natural
O fenômeno não tinha nada de sobrenatural, dedo de extra terrestre, nem foi causado pela praga jogada pelos acometidos de lepra, que frequentaram o lugar, no ano de 1840. A ciência explica. O fenômeno observado no parque pode ser o que os cientistas chamam de fosforescência, um fenômeno químico ocasionando emissão de luz. A luminescência ou fosforescência é a conversão de uma reação química, em energia em forma em luz vivível. Não esqueçamos que do sub-solo do parque ha emanações de gases que com certeza contribuíram para o tal fenômeno, despertando o espanto e a curiosidade do popular.
De sobrenatural para natural
O fenômeno não tinha nada de sobrenatural, dedo de extra terrestre, nem foi causado pela praga jogada pelos acometidos de lepra, que frequentaram o lugar, no ano de 1840. A ciência explica. O fenômeno observado no parque pode ser o que os cientistas chamam de fosforescência, um fenômeno químico ocasionando emissão de luz. A luminescência ou fosforescência é a conversão de uma reação química, em energia em forma em luz vivível. Não esqueçamos que do sub-solo do parque ha emanações de gases que com certeza contribuíram para o tal fenômeno, despertando o espanto e a curiosidade do popular.
Fonte:
Publicado no Minas Gerais, 11 de maio de 1894.
Mapa:ARQUIVO HISTÓRICO DO EXÉRCIO (AHEX), DIVISÃO DE HISTÓRIA E ACESSO A INFORMAÇÃO (DHAI), na pessoa do Major Ferreira Junior, que prontamente dispôs vários mapas, inclusive este publicado no Blog da Família Ayres.
Mapa:ARQUIVO HISTÓRICO DO EXÉRCIO (AHEX), DIVISÃO DE HISTÓRIA E ACESSO A INFORMAÇÃO (DHAI), na pessoa do Major Ferreira Junior, que prontamente dispôs vários mapas, inclusive este publicado no Blog da Família Ayres.
Muito provavelmente é o que já se conhece sobre pântanos e rios que emitem gases:
ResponderExcluirhttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fogo-f%C3%A1tuo
De fato.
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