No Caxambu sou o mais antigo
Dos bebedores de água tão gasosa,
Que sempre tem gozado de ainda goza
De prestígio de effeito, que bem digo
Ha cincoenta e dois anos que eu me abrigo
A`sombra desta gente carinho, que libera, e sabiamente dosa
Os carinhos que faz para commigo.
Quero, pois decantar aquela fonte
Que nas ao pé daquele excelso monte,
Embora seja o meu estilo nú.
E, quando haja repórter que me inquira,
Direi que a essa jovem Cambuquira
Leva as lampas o velho Caxambu.
E quem tinha um padre ao seu lado, estava do lado e Deus e das "aguas milagrosas". Caxambu teve seu melhor "garoto propaganda", tendo sua caricatura publicada no Jornal "O Malho", em 1903. Hoje precisamos mais do que nunca mais "garotos e garotas propaganda", mas não para por lá um rostinho bonito, fazer caras e bocas, pegar o "cache", e ir embora, mas sim divulgar os benefícios das nossas águas.
Lundu em Caxambu, em 1858!
No caso muitíssimo particular do padre, ele foi curado de uma dispepsia antiga, isto é, problemas digestivos. Era bebedor assíduo de nossas águas. Tão bom divulgador de suas propriedades terapêuticas, que os caxambuenses fizeram por bem dar o nome dele à escola da cidade: Escola Padre Correia de Almeida. Justíssimo! A primeira propaganda de nossa água foi publicada, em 31 de março de 1858, no Jornal Correio Mercantil, e Político Universal Instrutivo, do Rio de Janeiro, e estava entre os versos de um poema e termina assim:
...
Por me faltar a saúde
Vou ausentar-me daqui;
Quero gozar da virtude
Das aguas de Baependy.
E hei de fazer um lundú*
A`fonte do Caxambú.
* lundú palavra de origem africana que significa canção, música.
Fonte:
Jornal, O Malho, 1903
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